Informação sobre caxumba, causas, sintomas e tratamento da caxumba, identificando formas de a diagnosticar.


Caxumba

A Caxumba é uma doença inflamatória causada por um vírus (paramixovírus) que se aloja nos ductos intercalares das parótidas. A transmissão se faz por gotículas de saliva durante a fala, espirro, tosse ou pelo contato direto boca a boca. O vírus penetra pela boca ou nariz e atinge a via circulatória, tendo afinidade pelas glândulas salivares e pelas gônodas, mas também podem causar lesões no pâncreas, tireóides e Sistema Nervoso  Central. O período de incubação é de duas a três semanas. O primeiro contato com o vírus confere imunidade. O portador da doença é contagioso a partir de um dia antes da eclosão da sintomatologia, até o 14º dia após o desaparecimento total dos sinais e sintomas.
A primeira manifestação clínica que ocorre é o aumento de volume uni ou bilateral da parótida, resultando no sinal típico da doença, que é o levantamento do lóbulo do pavilhão auditivo.
O pico do aumento da parótida, ocorre no 2º ou 3º dia, quando a dor é mais intensa. A mastigação ou qualquer outro procedimento que estimula a salivação como alimentos cítricos, tendem aumentar a dor. A glândula parótida aumentada, propicia , à palpação, aspecto firme e, apesar de se apresentar mais aquecida, não se observa em geral eritema. A região adjacente à emergência do ducto parotídeo apresenta edema, eritema e à ordenha, notamos diminuição do fluxo salivar e saliva mais viscosa. Esta enfermidade pode acometer ainda as glândulas submandibular e sublingual, sendo que qualquer uma delas afetada confere a imunidade ao vírus. O indivíduo infectado apresenta sintomatologia inespecífica, como febrícula, cefaléia e inapetência. A caxumba pode ser acompanhada de orquite e, por vezes, de meningoencefalite.
O diagnóstico é clínico e o tratamento de suporte, não existindo uma terapia específica e eficiente. A fisoterapia através de calor é indicada. Repouso, alimentação adequada, antiinflamatórios, analgésicos e antipiréticos são úteis, bem como antibioticoterapia para prevenir infecções oportunistas, principalmente pela diminuição do fluxo salivar e, consequentemente, penetração retrógrada de microorganismo no ducto parotídeo.