Informação sobre caxumba, causas, sintomas e tratamento da caxumba, identificando formas de a diagnosticar.


Informações sobre a Vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola (tríplice viral)

A vacina tríplice viral é indicada para prevenir o sarampo, a caxumba e a rubéola. A sua administração é feita a partir dos 12 meses de idade.

Contra-indicação
Diversos fatores de ordem geral podem ser considerados como possíveis contra-indicações comuns à administração de todos os imunobiológicos.
Uma contra-indicação geral para todos os imunobiológicos é a ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) após o recebimento de qualquer dose. Também é considerada contra-indicação história de hipersensibilidade aos componentes de qualquer dos produtos.
A vacina é contra-indicada também, para pessoas com história de reação anafilática após a ingestão de ovo.
Para pessoas que estão fazendo uso de imunoglobulina, sangue total ou plasma no momento da vacinação ou que fizeram uso nos últimos três meses ou, ainda que vão fazer uso destes produtos nos próximos 15 dias a partir do recebimento da vacina, há uma contra-indicação temporária.

Composição
A vacina tríplice viral é uma combinação dos vírus vivos atenuados do sarampo, da caxumba e da rubéola.
O conservante utilizado é a neomicina e os estabilizantes são a gelatina hidrolizada e o sorbitol ou a albumina humana. O corante é o vermelho de fenol.

Apresentação
A vacina é apresentada sob a forma liofilizada, em frasco de dose única ou de multidoses, acompanhado do respectivo diluente.

Dose e volume
O esquema básico da vacina tríplice viral corresponde a uma dose, a partir dos 12 meses, de preferência aos 15 meses, administrada por ocasião do reforço com a vacina tríplice bacteriana (DTP) e a vacina contra a poliomielite.
Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o  laboratório produtor.

Via de administração
A vacina tríplice viral é administrada por via subcutânea.
A injeção é feita, de preferência, na região do deltóide, na face externa superior do braço, ou na face ântero-lateral externa do antebraço, podendo, também, ser administrada na região do glúteo, no quadrante superior externo.

Reconstituição e administração
O vacinador antes de administrar a vacina deve:
  • lavar as mãos e organizar todo o material: seringa, agulha e outros;
  • retirar a vacina e o diluente do refrigerador ou da caixa térmica, verificando o nome da mesma, bem como o prazo de validade;
  • reconstituir a vacina, da seguinte forma:
- aspirar a quantidade do diluente;
- injetar o diluente vagarosamente pelas paredes do frasco;
- fazer um movimento rotativo com o frasco para uma perfeita homogeneização da vacina;
  • preparar a pessoa a ser vacinada, colocando-a em posição segura e confortável, fazendo a limpeza do local da administração, se necessário.
O vacinador, para administrar a vacina, deve injetar o líquido lentamente.

O vacinador, após administrar a vacina, deve:
  • desprezar a seringa e a agulha;
  • estar atento à ocorrência de eventos adversos imediatos;
  • orientar a pessoa vacinada ou seu acompanhante sobre questões específicas;
  • lavar devidamente as mãos;
  • registrar o número do lote e a validade da vacina administrada;
  • orientar a pessoa vacinada ou seu acompanhante sobre o retorno, quando for o caso, para complementar o esquema básico de vacinação.

Quem não deve receber a vacina MMR (que inclui vacina contra caxumba)

As seguintes crianças e adultos não devem receber a vacina MMR:
  • as que tiverem doentes com febres altas ou com uma infecção mais séria do que um resfriado;
  • as que tiverem sofrido uma reação alérgica séria (anafilaxia) a uma dose prévia desta vacina;
  • qualquer pessoa com uma doença que baixe as resistências do corpo na luta contra as infecções;
  • qualquer pessoa que esteja tomando medicamentos fazendo baixar as resistências do corpo na luta contra as infecções,
  • mulheres grávidas: Se uma mulher grávida receber a vacina MMR antes de descobrir que está grávida, deve telefonar ao seu doutor. Contudo, o risco de danos ao feto neste tipo de situação é pequeno. As mulheres devem evitar engravidar durante um mês depois da administração da vacina MMR.;
  • qualquer pessoa que for alérgica ao antibiótico neomicina;
  • qualquer pessoa que tiver recebido uma injeção de gama globulina nos últimos 3 a 12 meses, (dependendo da dose e do método de administração).

Se pensa que você ou a sua criança pertence a algum destes grupos, favor entrar em contato com o seu médico ou unidade local de saúde.
A vacina MMR pode ser administrada em pessoas que são alérgicas aos ovos, mesmo se tiverem urticária, dificuldades de respiração, ou rosto ou boca inchados depois de comerem ovos, desde que sejam mantidas sob observação depois da vacina para sinais de reações.

Meningite asséptica após vacinação contra caxumba (vacina MMR)

As incidências de meningites assépticas após a aplicação da vacina contra a caxumba variam muito na literatura. Para a cepa Urabe, as incidências variam entre um caso de meningite/62.000 doses distribuídas a 1/400.000 e para a cepa Jeryl Lynn, um caso de meningite/250.000 doses distribuídas a 1/1.800.000.
Após a campanha de vacinação, realizada em Salvador (Brasil), em 1997, onde foram vacinadas as crianças entre 1 e 11 anos de idade, verificou-se a ocorrência de um caso de meningite/14.000 doses aplicadas. A ocorrência destas meningites teve início entre o 11º dia e o 32º dia após a aplicação da vacina, com boa evolução.
Apesar da ocorrência de meningites assépticas, a relação risco-benefício continua fortemente favorável à vacinação das crianças contra a caxumba.

Parotidite, orquite e ooforite após vacinação contra caxumba (vacina MMR)

Cerca de 0,7% a 1,4% dos vacinados poderão apresentar parotidite, com início geralmente a partir do 10º dia ao 21º dia. Considerando que pacientes com caxumba podem apresentar complicações como orquite e ooforite, a ocorrência dessas manifestações é plausível, no entanto, muito rara.

A vacina MMR é segura (inclui vacina contra caxumba)

A maioria das crianças não sofre efeitos secundários. A vacina MMR pode causar pequenas erupções na pele em algumas crianças dentro de cinco a 12 dias depois da sua administração. Isto pode durar alguns dias. Ocasionalmente, uma febre alta pode causar uma convulsão. Esta convulsão é produto da febre causada pela vacina, e não produto da vacina propriamente dita. Isto não torna a criança mais suscetível a apanhar epilepsia, danos ao cérebro ou quaisquer outros problemas de nervos. As convulsões causadas por febres altas acontecem mais provavelmente em crianças que já tinham tido convulsões anteriores, ou cujos pais, irmãos ou irmãs tenham tido convulsões.
O componente da vacina contra a caxumba pode causar febre e o inchaço das glândulas do pescoço. A meningite (infecção dos fluidos e cobertura da espinha ou coluna vertebral) pode ocorrer muito raramente, em um caso em cada 800.000 pessoas que recebem a vacina. Esta meningite causada pela vacina é moderada, e não causa danos permanentes.
O componente da vacina contra a rubéola pode causar febres ligeiras, erupções da pele ou o inchaço das glândulas do pescoço numa criança em cada sete. Isto acontece geralmente entre os 6 a 10 dias depois da injeção, e dura de um a dois dias. Menos de uma criança em cada 200 desenvolvem inchaços e dores em algumas juntas dentro de um período de uma a três semanas após a vacinação.
Estas dores das juntas geralmente duram poucos dias. Muito raramente, a artrite crônica poderá ocorrer.
Problemas moderados de coagulação do sangue foram relatados durante o mês que segue a imunização com a vacina MMR. Esta condição ocorre raramente e não resulta em problemas de longo-prazo.
Não há nenhum risco de mulheres grávidas ou qualquer outra pessoa de contraírem sarampo, caxumba ou rubéola de uma criança que tenha sido recentemente vacinada. É seguro administrar esta vacina em mulheres que estão amamentando. Ao todo, os benefícios da vacina são muito maiores do que os riscos. Deve sempre discutir os riscos e benefícios de qualquer vacina com o seu médico.

Qual é o grau de proteção contra o sarampo, caxumba e rubéola que a vacina MMR oferece à criança

Quando a vacina é administrada no número recomendado de injeções, protege 99 por cento das crianças contra o sarampo. Protege 95 por cento contra a caxumba e cerca de 98 por cento das pessoas contra a rubéola. Esta proteção contra o sarampo, caxumba e rubéola dura o resto da vida. A vacina também torna as doenças menos graves para aquelas pessoas que mesmo assim as contraem.

Situações em que se deve adiar a vacinação contra a caxumba (vacina MMR)

Até três meses após o tratamento com imunossupressores ou com corticóide em dose alta (equivalente a prednisona na dose de 2 mg/kg/dia ou mais para crianças, ou de 20 mg/kg/dia ou mais para adultos por mais de duas semanas);
Administração simultânea ou de pelo menos até três meses após o uso de imunoglobulina ou sangue e derivados, devido à possibilidade de neutralização do vírus vacinal pelos anticorpos presentes nesses produtos;
Durante a evolução de doenças agudas febris graves, sobretudo para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos.

Vacinação contra o Sarampo, Caxumba e Rubéola (MMR)

As vacinas (ou injeções para bebês) são a melhor maneira de nos protegermos contra algumas infecções muito sérias. O Comitê Nacional de Conselhos sobre Imunização recomenda fortemente imunizações de rotina.
A vacina MMR tem um efeito triplo, imunizando contra o sarampo, a caxumba e a rubéola (também chamada sarampo alemão). Deve ser administrada à criança pouco depois do seu primeiro aniversário e novamente quando começarem a escola (entre os quatro e seis anos de idade). A vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola é requisitada por lei para todas as crianças que freqüentam a escola na província do Ontário (excetuando isentos).
Esta vacina deve também ser administrada em adultos que não estão protegidos contra o sarampo, caxumba e rubéola. Mulheres grávidas que foram informadas que não estão protegidas contra a rubéola devem receber a vacina MMR assim que terminarem a gravidez.

Como prevenir a caxumba

A forma de prevenir a caxumba é providenciando a vacinação quando as crianças tiverem entre 12 e 15 meses de idade, e novamente quando estiverem prestes a se matricular no ensino primário. A vacina contra a caxumba é geralmente dada em uma injeção chamada MMR, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Atualmente o número de casos dessas três doenças é muito menor, porque as crianças recebem a vacina MMR.
A regulamentação estadual requer que certos grupos sejam vacinados contra a caxumba. Alguns agentes de saúde, funcionários de creches e todas as crianças que freqüentam creches ou a estão em idade pré-escolar precisam receber uma dose da vacina contra a caxumba geralmente ministrada sob a forma de vacina MMR. Os alunos do
ensino fundamental, médio e superior também necessitam receber uma dose de vacina contra a caxumba, mas em geral já receberam duas doses da vacina MMR por ocasião do seu ingresso na escola. Um exame de sangue que prove a imunidade pode também ser usado para preencher esse requisito para todos os grupos.
As mulheres que queiram ter filhos e que não estejam imunizadas devem receber a vacina MMR pelo menos 4 semanas antes de engravidarem.

Tratamento da caxumba

O tratamento da caxumba é predominantemente sintomático, como analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos. A aspirina não deve ser usado em doenças virais, porque a sua utilização tem sido associada com o desenvolvimento de Síndrome de Reye, que pode levar à insuficiência hepática e morte. Tanto bolsas de água quente como fria nas áreas inchadas podem amenizar a dor. Uma dieta com alimentos macios e muita água e sucos naturais que não sejam ácidos é recomendada. Alimentos ácidos podem piorar a dor.
A criança não precisa ficar na cama, mas deve conservar suas energias e não deve frequentar ambientes com muitas pessoas por se tratar de uma doença viral altamente contagiosa.

Diagnostico da caxumba

Frequentemente, a caxumba é diagnosticada devido aos seus sintomas, mas isto nem sempre é confiável. Um exame de sangue pode ser usado para diagnosticar a caxumba, mas este exame nem sempre é definitivo.

Susceptibilidade a caxumba

Quem é susceptível de contrair caxumba:

  • Qualquer pessoa que nunca tenha tido caxumba e nunca tenha sido vacinada;
  • Bebês com menos de 12 meses de idade, por não terem idade suficiente para serem vacinados.

Modo de Transmissão da caxumba

O vírus que causa a caxumba mora no nariz, na boca e na garganta, e se propaga pelo ar quando uma pessoa infectada espirra, tosse ou fala. Outras pessoas que estiverem nas proximidades, podem, nessa ocasião, inalar o vírus. Ao se tocar um lenço de papel ou ao se usar uma xícara ou copo usado(a) por uma pessoa com caxumba, pode-se também contrair o vírus. Os portadores da doença são contagiosos durante 7 dias antes e 5 dias após o início do inchaço da suas glândulas. Os sintomas aparecem, com maior freqüência, 2 a 3 semanas após uma pessoa ser exposta.

Perigos da caxumba

A caxumba geralmente é uma doença leve. No entanto ela pode causar complicações. Em 1 em cada 4 homens, a caxumba causa o inchaço dos testículos. Em 1 em cada 20 mulheres, a caxumba causa o inchaço dos ovários. Este inchaço pode causar a esterilidade, embora isso seja raro.
Às vezes, a caxumba pode ocasionar problemas em outros órgãos, incluindo o coração e as juntas, o que pode resultar em lesões permanentes. Os problemas mais sérios causados pela caxumba são a inflamação da fina membrana que cobre o cérebro e a medula espinhal (meningite) e inflamação do próprio cérebro (encefalite). A meningite ocorre em 1 em cada 10 crianças acometidas pela caxumba e pode resultar em surdez e outras lesões.
A infecção causada pela caxumba durante o primeiro trimestre da gravidez pode aumentar o risco de aborto.

Sintomas da caxumba

A caxumba pode causar febre, dores de cabeça e inchação do maxilar e bochechas. Este inchaço é causado pela infecção das glândulas salivares. A caxumba pode causar meningite, uma infecção dos fluidos e cobertura do cérebro e da espinha (coluna vertebral). Cerca de uma pessoa a cada 10 com caxumba contraem também a meningite. Felizmente a meningite causada pela caxumba não causa danos permanentes. A caxumba pode, no entanto, causar surdez em algumas pessoas.
A caxumba pode ser muito dolorosa e inchar os testículos de um a cada 4 adolescentes masculinos ou homens adultos que a contraem. Raramente, isto causa esterilidade. A caxumba pode causar uma infecção dolorosa nos ovários de uma a cada 20 mulheres. Uma infecção de caxumba durante os primeiros três meses de gravidez pode aumentar o risco de abortos espontâneos. As pessoas podem contrair a caxumba de uma pessoa infectada através da tosse, espirros ou simplesmente ao falar com ela. Pode também ser transmitida através de contato com a saliva de uma pessoa infectada.